Em abril de 2020, o Observatório do Turismo de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Rede Brasileira de Observatórios de Turismo, desenvolveu a Pesquisa Sondagem Empresarial, com o objetivo de levantar os primeiros impactos da pandemia de coronavírus, causador da doença Covid-19, no setor de Turismo, de modo a registrar o impacto do isolamento social gerado no fluxo, faturamento e emprego nas empresas do setor de Turismo, além de identificar as perspectivas de continuidade dos negócios turísticos, com base na percepção dos empreendedores.
Nesse sentido, a fim de expandir o dimensionamento da pesquisa realizada anteriormente e que traçou o prognóstico previsível para o setor nos dois primeiros trimestres de 2020 frente à pandemia, o ObservaturMS realizou uma nova rodada da pesquisa, de modo a registrar o impacto real do isolamento social gerado no faturamento das empresas e empregos do setor nos meses subsequentes à primeira pesquisa, já que a sondagem anterior foi feita com base apenas na percepção dos empreendimentos, já que ela foi realizada em abril de 2020, início das ações de enfrentamento ao novo coronavírus.
O público-alvo respondeu a 25 perguntas que, além de abordarem aspectos da situação fiscal, avaliam a relação de empreendedores com parceiros, alterações no preço dos serviços ou produtos ofertados e outros tópicos.
O universo da pesquisa foi composto principalmente pelos dados do CADASTUR, somados aos associados da ABRASEL-MS, ABIH-MS, ABAV-MS, Bonito Convention & Visitors Bureau, e com apoio para divulgação: Instâncias de Governança Regionais-IGR´s e Órgãos Oficiais de Turismo, realizada no período de 25 de novembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, pelo método web survey, através do Google Forms, com 172 respondentes, com nível de confiança de 90% e margem de erro de 5,89%, para o número de cadastrados no CADASTUR no Estado.
A pesquisa apresenta que em janeiro (61%) e fevereiro (44,2%) houve pouco impacto. Contudo em março a receita bruta foi 75% menor para a maioria das empresas (32,6%), apontando efeitos diretos oriundos das medidas adotadas para enfrentamento a pandemia. Já os meses de abril (34,3%), maio (35,5%) e junho (34,9%) a perda foi de até 100% no faturamento. Após três meses de muitas perdas para o setor, com o lançamento do Plano de Retomada do Turismo de Mato Grosso do Sul no final de junho, traçou-se estratégias para a reabertura do turismo. Assim sendo, de julho a setembro, a queda no faturamento ainda margeia os 75%, visto que se tratou de um período de retomada ainda incipiente, gradual e lenta. Entretanto, os meses de outubro, novembro e dezembro apontam para um início de retomada, em razão dos feriados prolongados, férias, o aumento do turismo regional e a possibilidade de realizar o deslocamento de carro, no entanto constata-se que a perda passa a ser nos referidos meses de até 50%, demonstrando desse modo o impacto sofrido por toda a cadeia do turismo, motivo pelo qual se justifica a indicação de que a recuperação do negócio só se daria no segundo semestre de 2021 segundo os pesquisados.
Os resultados serviram para nortear ações e políticas da Fundação de Turismo de MS (Fundtur-MS), balizando a tomada de decisão e políticas públicas.
Para acessar o infográfico e o relatório completo basta acessar aqui:
Publicado por: Danielle Cardoso de Moura